O que você estava fazendo há exatos vinte anos? A pergunta exige um pouco da memória, mas independente do que fez, a data marcou todo o Brasil. No dia 29 de setembro de 1992, aconteceu o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, um dos principais fatos políticos na história do Brasil.
O então “caçador de marajás”, como ficou conhecido durante sua campanha em 1989 para chegar à Presidência de República, Fernando Collor saiu da cena política do país renunciando ao mandato de presidente e, para completar, teve seus direitos políticos suspensos por oito anos.
Numa época onde a informática ainda era incipiente, a telefonia móvel era um sonho e as redes sociais nem sonhavam em “tuitaços”, o trabalho investigativo da imprensa com denúncias de Pedro Collor, irmão do então presidente, contra o tesoureiro Paulo César Farias, o PC Farias, e as negociatas feitas na capital do país.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada para apurar as denúncias. Acuado, Collor de Mello buscou o apoio popular, mas o efeito foi desastroso. A insatisfação da população – tendo como ápice o movimento dos “caras pintadas” – tornou insustentável a permanência de Collor de Mello na presidência.
Depois de várias reuniões e depoimentos, em 29 de setembro de 1992, aconteceu o marco do processo que levou à saída de Collor:A Câmara Federal aprovou o pedido de impeachment, que em seguida foi remetido ao Senado onde foi aberto processo para apurar se houve crime de responsabilidade.
Em 29 de dezembro do mesmo ano, a sessão comandada pelo presidente do STF, Sidney Sanches, o Senado decidiu que Fernando Collor era culpado pelo crime de responsabilidade. Contudo, Collor voltou ao cenário político há 10 anos. Em 2002, perdeu a eleição para o governo de Alagoas. Mas quatro anos depois foi eleito senador pelo mesmo estado, cargo no qual permanece atualmente.
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