A Defensoria Pública do Estado entrou com uma ação para suspender a medida liminar que determina a desocupação imediata do conjunto Praia-mar, zona Oeste de Natal. O objetivo é evitar que 65 famílias sejam despejadas amanhã (23), quando a Justiça deve fazer a reintegração de posse das casas populares para o Governo do Estado. O defensor José Wilde foi o nosso entrevistado do Espaço Cidadão, da TV União, nesta segunda-feira (22).
O problema começou quando, segundo os moradores, as obras nas casas populares foram paralisadas. Então, 65 famílias tomaram posse e estão no local há cerca de um ano. "São famílias que estão nesse local há algum tempo. Essas pessoas não podem deixar o conjunto, pois não têm para onde ir. Se a desocupação for feita, boa parte dessas pessoas vai ficar nas ruas", explica o defensor público José Wilde Matoso.
Para o defensor, outra saída precisa ser encontrada para as casas inacabadas do Projeto PAC Favela. "Entendemos que essas casas não foram terminadas. No entanto, não podemos colocar 65 famílias na rua até a conclusão da obra. Temos crianças, mulheres, idosos, pessoas com deficiência. Existe um acordo para que 22 famílias retornem para o local após as obras, mas precisamos pensar em todas as famílias", destacou.
Em alguns casos, moradores investiram para conclusão das obras inacabadas. "Essas pessoas tentaram transformar essas casas em lares. Muitos terminaram parte das obras. Se o destino final dessas casas são essas famílias carentes, entendemos que não podemos realizar o despejo dessa forma", aponta José Wilde Matoso, que aguarda a decisão do desembargador Amílcar Maia, da 4ª Vara da Fazenda Pública.
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