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[COMENTÁRIO] Você já propagou alguma Fake News?

Você já propagou alguma Fake News?

Primeiro é preciso ter condições de discernir se uma notícia é verdadeira ou falsa. Isso porque já existem diversos estudos que mostram que há uma tendência às pessoas acreditarem em quase qualquer tipo de notícias se elas concordarem com ela, mesmo que ela seja falsa.

Há vários tipos de notícias falsas. Aquelas que são completamente falsas, fruto de uma criação para atender a um objetivo, muitas vezes desviar o foco das pessoas de um determinado assunto. As que são a montagem de um fato antigo misturado com um novo, ou uma notícia velha com uma foto atual, ou ainda ao contrário: Uma foto antiga com um texto escrito na atualidade.

Uma característica importante das notícias falsas é o apelo psicológico e o impacto que elas causam, com um conteúdo sensacionalista e geralmente acompanhado de algumas palavras como: “Urgente! Absurdo! Repassem! Vejam isso! Olha o que os canalhas estão fazendo!”.

Geralmente se propagam pelas redes e mídias sociais e o meio preferido e mais veloz de divulgação – ou viralização – como alguns chamam é o “WattsApp”, pois essa ferramenta, em geral, conecta pessoas que se conhecem mais intimamente e as pessoas acabam repassando um conteúdo com base na confiança, não na notícia que recebe, mas na pessoa que envia.

Temos também uma situação, diante da competição pela atenção, velocidade da publicação e audiência das pessoas por parte dos veículos de comunicação já conhecidos, onde o sensacionalismo ou a notícia não checada com os devidos cuidados pode ser falsa, no todo ou em parte.

Mas, nada supera o campo fértil das redes e mídias sociais para a propagação de mentiras: Por exemplo, em março de 2018, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, dos Estados Unidos, concluiu que notícias falsas se espalham pelas redes sociais com uma velocidade seis vezes maior do que notícias verdadeiras.

Agora, um novo estudo (do Psych Central) confirma dados sobre o impacto negativo das fake news: “As pessoas retêm notícias falsas por longos períodos”, e isso ocorre principalmente quando essas informações estão alinhadas às suas crenças. Como assim? da seguinte forma: “Se uma informação mentirosa circula sobre um político de quem uma pessoa não gosta, ela está mais propensa a se lembrar daquela informação como sendo verdadeira por meses (ou anos) e que isso influencia diretamente na escolha do voto pelos cidadãos e, consequentemente, nos resultados dos processos eleitorais.”

No livro “A morte da verdade”, foram divulgadas também pesquisas onde os cientistas criavam situações que, mesmo absurdas, ainda convenciam pessoas que acreditavam naquilo – que de propósito havia sido criado. Um bom exemplo é a estória de que as lâmpadas fluorescentes geravam uma influência que manipulava as pessoas.

É preciso muito cuidado e responsabilidade ao receber e principalmente repassar informações. Muitas águas ainda vão rolar em meio a este assunto, pois está no ar uma nova CPI, a CPI das Fake News.

E você? Já propagou alguma Fake News, sem querer ou querendo?

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