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[COMENTÁRIO] MEDIDAS ECONÔMICAS DE BOLSONARO SÃO CRUÉIS COM OS MAIS FRÁGEIS E BENEVOLENTES COM OS MAIS FORTES.

É como se não estivessem atentos ao fato de que no Brasil, já com os reflexos das políticas econômicas de Temer e Bolsonaro, a desigualdade social está aumentando e batendo recordes: os ricos estão ficando mais ricos e os pobres mais pobres.

Teto de gastos e cortes na saúde e educação e na área social, que proporcionam coberturas importantes para os mais pobres e parte da classe média, flexibilização de direitos e leis que protegiam os empregos dos trabalhadores, mais facilidades para demissão que para contratação e até mesmo para demissão e recontratação da mesma pessoa, pagando mais barato.

Depois de Temer ter diminuído dez reais do salário mínimo, o Governo Bolsonaro surgiu com a audácia de congelamento deste salário por dois anos. Agora, emplaca uma atitude das mais absurdas que se poderia tomar contra os que se encontram em situação de mais fragilidade do que quem trabalha e recebe apenas um salário mínimo: a cobrança de INSS, imposta sobre seguro desemprego. Uma desumanidade. Seguro desemprego não é salário. É um abrigo temporário. E por mais que se conte para aposentadoria este tempo, não se justifica, já que é para isso que existem as políticas públicas de seguridade social.

Pior ainda é que argumenta que é para gerar emprego para jovens, excluindo os que tem mais de cinquenta e cinco anos, que cada vez terão mais dificuldade de empregabilidade, e de aposentadoria e ainda diminuindo a carga sobre empresas.

Haverá contratação de jovens (18-29), porém, com mais redução de obrigações trabalhistas, para o primeiro emprego. A empresa não precisará pagar os 20% de INSS. E o depósito mensal do FGTS será de apenas 2% para o empregador. E na demissão, o trabalhador, leva apenas 20% da multa recisoria.

Na prática, é o bolso do sofrido desempregado e a diminuição de direitos dos jovens empregados, que vai ajudar a gerar eventuais empregos.

Não se pode aproveitar a situação da demanda, gerando trabalho e não emprego a qualquer custo. mas, alguém ainda pode pensar: “é melhor do que ficar desempregado”. Isso é se aproveitar da fragilidade do lado mais fraco, porque hoje estão aceitando de tudo, condições cada vez mais precárias e sem direitos, para não ficar desempregado.

Mas o mais interessante é que em tudo se mexe, menos na negociação da dívida pública e nos juros que a remuneram, que leva mais de quarenta por cento do nosso bolo tributário nacional, coisa que beneficia aos poucos bancos brasileiros, em sua maioria, privados e pertencentes a poucas famílias.

E aí, finalizo com algumas perguntas: Por que o Governo Bolsonaro não tira dos fundos que estão sem utilização para gerar esses empregos? Por que usar esse dinheiro dos fundos públicos para pagar dívida pública sem ao menos renegociá-la? Por que Bolsonaro vai tirar do desempregado para gerar emprego, mas não mexe no dinheiro dos bancos, nem no lucro dos banqueiros? Por que?

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