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[COMENTÁRIO] A METODOLOGIA DAS NOTÍCIAS FALSAS E A INFLUÊNCIA NAS ELEIÇÕES.

Uma verdadeira máquina de influenciar pessoas na palma da mão de cada um. É principalmente através dos smartphones que se dá a propagação via mídias e redes sociais das notícias falsas, direcionadas de modo personalizado.

As plataformas têm exatamente o perfil psicológico de cada um de nós e manda publicidade dirigida. Em um primeiro momento, essas armas tecnológicas serviam a interesses comerciais, de mercado, ofertando produtos de acordo com o perfil de cada cliente em potencial, e isso continua a acontecer.

Na sequência, esta máquina começou a funcionar aplicada à política e às eleições, com a mesma metodologia, e cumprindo um papel estratégico de colaborar com a divisão do povo brasileiro, com a polarização, ainda forte, presente no nosso dia a dia.

Muito se falava de escritórios montados para disparo de mensagens em massa, para construir ou destruir reputações e influenciar pessoas. o uso de notícias falsas na eleição, muito questionada durante o processo de 2018, especialmente na eleição presidencial, é hoje uma realidade que precisa ser combatida.

Surgem agora informações importantíssimas, durante a CPI das Fake News, a partir do depoimento de quem já fez parte do grupo de Bolsonaro, vitorioso nas eleições, e que teve como impulso principal esse tipo de campanha.

Trata-se do depoimento da Deputada Joisse Halsseman, do então PSL, que demonstra na CPI o passo a passo, dando nomes aos bois e explicando como funciona (pois o escritório do ódio continua atuando). com clareza, e por isso é necessário aprofundar a investigação, a Deputada demonstrou o detalhamento do funcionamento da rede virtual de influenciação das pessoas: quem recebe, quem repassa, os alvos a serem atacados, quem coordena tudo, como os filhos de Bolsonaro, principalmente Eduardo e quem está por trás, como Olavo de Carvalho, preparando os conteúdos para serem distribuídos e impulsionados pelos filhos do Presidente e seus amigos.

São denúncias gravíssimas que precisam ser apuradas em profundidade e com seriedade, até porque estamos às vésperas de iniciarmos no Brasil, mais um processo eleitoral.

Foram denúncias de como o gabinete do ódio funciona, montado em grande parte com dinheiro público e o que, segundo ela, chega a cerca de meio milhão de reais por ano.

As consequências são maléficas para a nossa democracia, e as denúncias deixaram claro o quanto o processo eleitoral foi influenciado e viciado pelos mais de um milhão e oitocentos mil robôs e perfis falsos, espalhando ódio, medo, mentiras e influenciando o lado psicológico dos eleitores.

Também precisa ser apurado com urgência, se apenas os organizadores dos disparos em massa e dessa máquina do mal são os usuários que montaram todo esse esquema, ou se as próprias plataformas como Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e WhattsApp estão por trás, dando suporte, ou ainda se identificam as burlas, mas nada fazem para impedir tal influência no processo democrático brasileiro.

Por fim, chama a atenção o fato de que diante de denúncias tão graves, não ocorra nenhuma operação da Polícia Federal, da Justiça ou do Ministério Público, pois, a honestidade de que a democracia brasileira tanto precisa, não está apenas no “não desvio” de recursos públicos, mas também no respeito ao seu processo durante a corrida eleitoral.

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