CHAVE DE RODA PODERÁ SER DADA EM MAIS UM ÓRGÃO DE CONTROLE.
Depois de confirmar a interferência no COAF, mudando até o nome do órgão e o local ao qual vai ficar vinculado, e de aprofundar o processo de aparelhamento da polícia e da Receita Federal, agora chega a vez de Bolsonaro ameaçar também colocar uma mordaça no Ministério Público Federal. Ele já declarou que deverá indicar um nome fora da lista escolhida pelos membros do ministério público, para substituir Raquel Dodge.
O nome cotado hoje, por meio de sinais dados pelo próprio Bolsonaro é o de Antonio Carlos Simões Martins Soares. Pelo levantamento feito pela Folha de São Paulo, ele possui o seria um procurador geral alinhado automaticamente com o viés ideológico e o perfil de Bolsonaro.
O possível procurador disse que a democracia é “um verdadeiro embuste”. Ferrenho crítico da imprensa, ele já incitou o questionamento da lei: “Nunca foi tão importante em nossa história republicana questionar a lei como resposta aos conflitos sociais e interpessoais”.
Isso, é sinônimo de autoritarismo. não é democracia. Muito sério é o fato de que ele havia se aposentado ilegalmente e voltou à função por determinação do TCU e já respondeu a ação penal por falsificação de documento e até hoje nem foi julgado, por prescrição.
Se escolher este nome, com esse perfil, Bolsonaro estará dando mais um golpe na democracia. E vejam que curioso: O possível procurador criticou também a própria lava-jato: “Eu sou honesto. E vocês estão vendo que lá em Curitiba usaram recursos que não são lícitos.”
A César o que é de César: Lava-jato só existiu porque nos governos de Lula e Dilma, as instituições de controle, como ministério público, COAF, polícia e Receita Federal, tiveram autonomia e liberdade de ação, até mesmo nos excessos. Tanto é que ela caiu e Lula está preso.
Mas está parecendo que a transparência, a democracia no poder público e a lava-jato, mesmo com as suas arbitrariedades, só serviram para pegar os adversários e gerar o clima que ajudou o atual grupo político a chegar ao poder.
Agora, depois da missão cumprida, parece que tudo está sendo desmontado. vivemos um novo tipo de ditadura no Brasil.
Mas é um tipo tão sutil que mesmo diante da chave de roda que poderá ser dada em mais um órgão de controle, ainda há quem apoie tudo isso que aí está, acreditando, que os heróis infláveis da república continuam combatendo a corrupção. Só se for dos adversários. Como diria Maquiavel: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei”.
CONFIRA O VÍDEO: Boa Tarde Cidadão.
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