Aedes aegypti também transmite doença que pode ser fatal em cães e gatos
Enquanto que campanhas de mobilização nacional são feitas para combater o Aedes aegypti, uma nova doença transmitida pelo mosquito tem tirado o sono de muita gente que possuí animal de estimação em casa. O Aedes aegypti, além de transmitir doenças como a dengue, chikungunya e recentemente o zika vírus, também é responsável pela dirofilariose canina, chamada popularmente de "verme do coração", uma doença que pode ser fatal em cães e gatos.
Especializado em cardiologia veterinária, Fabrício Marinho – do Hospital Veterinário de Natal – explica que não são todos os mosquitos da dengue que podem transmitir esta doença. “O mosquito precisa estar infectado com a microfilária, que é o agente transmissor da dirofilariose. Para transmitir a doença, o agente tem que se alimentar do sangue do hospedeiro que no caso é o cachorro. Quando ele suga o sangue do mesmo está jogando as filárias, que irão passar por um processo de maturação ou de desenvolvimento no organismo do hospedeiro”. O veterinário explica ainda que elas costumam ficar alojadas na artéria pulmonar. “Elas têm predileção por essa área. Essa é a artéria que leva o sangue do ventrículo direito até os pulmões para ser oxigenado”.
No momento em que o parasita entra no corpo do animal passa a se desenvolver em seu coração e pode acarretar uma série de complicações cardíacas no pet, podendo atingir até vinte centímetros de comprimento. As dirofilárias podem causar hipertensão pulmonar e consequentemente uma insuficiência cardíaca congestiva do lado direito do coração. “Como elas têm predileção pelas artérias pulmonares, durante o tratamento com medicamento adequado pequenos fragmentos das dirofilárias que vieram a óbito podem se deslocar até os pulmões e causar uma embolia pulmonar. Elas causam um êmbolo e isso forma uma lesão grave que pode ser fatal para os cães”, acrescenta Fabrício.
Para saber se o cachorrinho tem ou não a doença, podem ser feitos testes sorológicos associados de um ecocardiograma. Já o tratamento costuma ser feito a base de medicamentos. Novas pesquisas na área também mostram a possibilidade da retirada do agente infeccioso através de procedimento cirúrgico.
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