Adoção do Sisu no meio do ano pela UFRN dificulta acesso dos potiguares
Com inscrições abertas desde a última segunda-feira (02), a segunda edição de 2014 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem gerado muitas críticas e discussões nos estados que as universidades abriram vagas no meio do ano. No Rio Grande do Norte, participam do processo o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo educadores e alunos contrários à abertura do Sisu no meio do ano, as poucas instituições – 67, apenas, no total – que abrem vagas também no meio do ano prejudicam o processo e dificultam o acesso dos estudantes locais às universidades, pois alunos de todo o Brasil migram suas notas para os poucos polos participantes, o que aumenta consideravelmente as notas mínimas de corte.
Nos primeiros dias do Sisu do meio do ano, que também teve seu período de inscrições reduzido, as notas mínimas de corte já se igualaram às notas finais do primeiro semestre, explica Carlos André, professor e diretor do Overdose Colégio e Curso, em Natal. “A tendência é aumentar ainda mais e isso prejudica os alunos do Estado. Abrir o Sisu duas vezes é muito ruim porque se tivesse sido aberto apenas uma vez, pessoas com notas na faixa dos 760 pontos, por exemplo, teriam sido aprovadas em Medicina no início do ano, mas como o Sisu foi aberto duas vezes, nessa segunda se concentra pessoas do Brasil inteiro disputando vagas em Natal porque poucas universidades abrem e o aluno daqui que tiver 770 pontos provavelmente não será aprovado. As outras que abriram todas as vagas antes facilitam a vida dos seus alunos”.
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