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UMA PALAVRA SOBRE A POLÊMICA EM TORNO DOS HOSPITAIS DE CAMPANHA:

Pra quem não sabe, há raposas velhas na política do Rio Grande do Norte, que diretamente e indiretamente por intermédio de outras famílias, possuem conexões diretas com a gestão de hospitais no setor privado, e com tentáculos importantes em posições estratégicas do setor público.

Há famílias que, com suas conexões abençoadas por apadrinhamento político governam por “controle remoto” setores importantes na saúde de Natal, em diversos municípios e do estado, há décadas. Fora isso, há sintonia com “médicos” que já há algum tempo, exercem mais a política partidária em favor do grupo do que a própria profissão. Alguns deles, inclusive, estão entranhados em organizações “de classe.”

A sanha e o interesse pelo controle de setores da saúde, não diz respeito apenas à gestão de benefícios oriundos de dividendos políticos dele extraído, e muito bem explorados, sobretudo em cima dos mais pobres, mas, está em jogo a disputa pelo controle financeiro de verbas que circulam na área. Há políticos por trás de hospitais privados, e até de planos de saúde, que articulam no âmbito do público, para ganhar dinheiro no setor privado.

É esse contexto que explica os bastidores, o lado invisível, da luta contra a ação do Governo do Estado, para a construção do hospital de campanha para o combate ao Coronavírus, seguindo as recomendações do Ministério e da Organização Mundial de Saúde.

Faz todo o sentido, assim, a reflexão do amigo e cientista político Daniel Menezes, quando questiona: “Há interesse financeiro contra os hospitais de campanha? Há interesse de algum hospital privado nesta verba pública?

Por fim, em meio ao mar de notícias falsas e argumentos fabricados especialmente pelo submundo de redes e mídias sociais, com verdadeiras peças de marketing e memes montados e compartilhados por muitos desinformados, vale a pena, como tenho dito sempre, informar-se pela imprensa oficial e pela palavra oficial do governo, que é rotineiramente auditado e fiscalizado pelas instituições competentes. Basta do carnaval que tem virado o combate ao Coronavírus no Brasil.

A seguir, acompanhe o que tem sido feito no estado diante da pandemia:

 

 

  • POR QUE UM HOSPITAL DE CAMPANHA NO RN?

 

O Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e do seu titular, Cipriano Maia, vem a público mais uma vez esclarecer sobre a contratação em caráter emergencial de uma Instituição Filantrópica ou Organização Social para gestão do Hospital de Campanha. O complexo deverá ser erguido no estádio Arena das Dunas e terá a oferta de 100 leitos (sendo 53 de UTI adulto, 45 leitos de retaguarda clínica e 2 de isolamento) a serem utilizados exclusivamente para fins de tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus.

 

O secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Vasconcelos, defendeu a necessidade urgente de instalação do Hospital de Campanha na Arena das Dunas. “Esta unidade é necessária porque todos os leitos da rede pública e privada com potencial de ativação em todo o Estado são insuficientes. O Hospital de Campanha é para ampliar leitos de UTI’s e de observação de forma rápida e salvar vidas. A Arena das Dunas é o lugar mais apropriado porque tem infraestrutura pronta de água, energia, esgoto e comunicação”, argumentou.

 

  • POR QUE A CONTRATAÇÃO ESCOLHIDA FOI O DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL?

A opção do chamamento não se restringe ao modelo de Organização Social, visto que poderão concorrer também prestadores filantrópicos. Considerando o fato de que o contexto da pandemia exacerbou a demanda por serviços hospitalares entende-se que não é oportuna restringir a participação de outros modelos de gestão no certame, cujo objeto é de extrema relevância social e de caráter emergencial.

Além disso, em contato com os outros Estados identificou-se que esse modelo já foi adota nos Estados do Ceará, Goiás, São Paulo, entre outros. É preciso considerar a dificuldade operacional (equipamentos, recursos humanos, insumos) do Estado em gerir uma estrutura desse porte, em curto espaço de tempo, dada a necessidade de resposta rápida que a situação exige, no sentido de preservar vidas.

 

 

  • E ALÉM DO HOSPITAL DE CAMPANHA?

Ressalta-se que além do Hospital, também está em curso a ampliação de mais de 100 leitos de UTI nos Hospitais Regionais da Rede Pública, incluindo os leitos do Hospital Pedro Germano e os Hospitais Regionais. Para tanto, foram adquiridos equipamentos e a contratação (chamamento do concurso público e seleção temporária), reformas para adequação física dos hospitais, entretanto, essas medidas ainda são insuficientes dada a previsão inicial da necessidade estimada.

Já em operação novos leitos em Caicó, Pau dos Ferros, Currais Novos e em fase de finalização as obras em Mossoró, hospital Tarcísio Maia e em Natal, anexo clínico do hospital João Machado e Macaíba, com 20 leitos os dois primeiros serviços. Mossoró já possui equipamentos e RH. João Machado e Macaíba ainda não.

Em reunião no mês anterior com o Hospital da Polícia Militar, a SESAP assumiu o compromisso de colocá-lo em funcionamento, habilitando inclusive essa unidade para receber repasses do governo federal. Nessa unidade, pelo plano de leitos COVID, serão abertos 10 leitos de UTI e 30 leitos de enfermaria. Os equipamentos serão locados para 8 leitos com equipe de enfermagem.

No Hospital Giselda Trigueiro, ainda em fase de abertura de 25 leitos de internação. Recentemente foram nomeados por meio do chamamento do concurso público vários profissionais de saúde, entretanto, a abertura de novos leitos uma quantidade significativa de profissionais.

  • E AS PARCERIAS?

Importante ressaltar que foram realizadas várias ações no sentido de buscar soluções e parcerias para a ampliação dos serviços, tais como parceria com o Exército e Hospital Universitário, contudo todos sofrem com as mesmas dificuldades para o enfrentamento dos casos.

  • COMO FORAM ESTIMADOS OS PREÇOS?

Em relação aos valores os preços foram estimados com base na média dos preços praticados em outros estados, nas propostas de valores recebidos por alguns Hospitais privados aqui no Estado e na estimativa dos valores dos leitos privados já contratados pelo Estado. Foi estimado um valor médio da diária global para leitos de UTI de R$2.560,00 e de leitos de clínica e isolamento de R$ 1.500,00. Segue abaixo a memória de cálculo:

Estimativa Mensal

Valor Mensal Leito UTI: R$ 2.560,00 (diária) x 30 dias x 53 leitos
Valor Total Mensal dos Leitos de UTI: R$ 4.070.400,00 (quatro milhões e setenta mil e quatrocentos reais)

Valor Mensal Leitos Clínica+Isolamento = R$ 1.500,00 (diária) x 30dias x 47 leitos
Valor Total Mensal Leitos Clínica+Isolamento = R$ 2.115.000,00 (dois milhões cento e quinze mil reais)

Estimativa de Valores dos Leitos por 6 meses

Valor Leitos de UTI por 6 meses = R$ 4.070.400,00 (30 dias) x 6 meses=
R$ 24.422.400,00 (vinte e quatro milhões, quatrocentos e vinte e dois mil e quatrocentos reais)

Valor Leitos Clínica +Isolamento por 6 meses: R$ 2.115.000,00(30 dias) x 6 meses = R$12.690.000,00 (Doze milhões, seiscentos e noventa mil reais)

VALOR GLOBAL DE TODO CONTRATO POR 6 MESES

LEITOS DE UTI+CLÍNICA+ISOLAMENTO: R$ 37.112.400,00 (trinta e sete milhões, cento e doze mil e quatrocentos reais)

VALOR GLOBAL DE TODO CONTRATO MENSAL

LEITOS DE UTI+CLÍNICA+ISOLAMENTO: R$ 6.185.400,00 (seis milhões, cento e oitenta e cinco mil e quatrocentos reais).

Por fim, o Governo do Estado reafirma o compromisso de seriedade, honestidade e transparência, marcas desta gestão, e reforça o convite aos órgãos de controle – Ministérios Públicos Estadual e Federal e Tribunal de Contas do Estado – por entender a importância dessas instituições participarem e acompanharem as ações que visam o atendimento à população em tempos de pandemia.

 

  • GOVERNO REFORÇA NECESSIDADE DO ISOLAMENTO SOCIAL

Em entrevista coletiva no final da manhã deste sábado, 04, autoridades do Governo do RN atualizaram o quadro de providências que estão sendo tomadas no enfrentamento à pandemia do Covid – 19.

 

O vice-governador Antenor Roberto avaliou o atual período como o de maior risco para contaminações e alertou: “É preciso permanecer no isolamento social, respeitar distância, manter a higiene, oferecer anteparos para proteger trabalhadores. As ações que o Governo do RN está tomando são apoiadas na ciência e adotam parâmetros do que vem ocorrendo em todo o mundo e tem como objetivo preservar vidas. Deslocamentos só para buscar alimentos, remédios ou algo essencial à sobrevivência. Sair, com máscaras. Estabelecimentos comerciais abertos, só com ventilação natural, trabalhadores com máscaras e disponibilidade de água e sabão ou álcool em gel”.

  • SEGURANÇA

 As ações na área da segurança pública também estão em curso e dentro do planejamento. O secretário de segurança pública e defesa social (Sesed), Francisco Araújo informou que o comando conjunto das Forças Armadas vai fazer a desinfecção das delegacias de plantão de polícia na região Metropolitana de Natal na próxima terça-feira, 7.

 

Também na terça-feira 7, e na quarta-feira 8, os agentes do sistema estadual de segurança pública (Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Itep e Polícia Penal) farão curso para aprender como desinfectar instalações. O curso será ministrado no Grupamento de Fuzileiros Navais e tem a finalidade de desinfectar quartéis, batalhões e delegacias.

 

Francisco Araújo reforçou que o desrespeito às regras de convivência social será motivo para detenção do infrator e condução à delegacia de polícia para abertura de inquérito que será encaminhado ao Ministério Público e à Justiça para aplicação das sanções previstas em lei. Ele alertou ainda que possíveis incitações ao descumprimento das regras de isolamento nas redes sociais e canais de comunicação serão também alvo de inquérito policial. “As polícias militar e civil estão fiscalizando as aglomerações em defesa da vida”, alertou.

 

  • GOVERNO DO ESTADO IRÁ DISPONIBILIZAR MÁSCARAS PRODUZIDAS POR OFICINAS DO PRÓ-SERTÃO

O Governo do Estado, em articulação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, vai garantir a proteção da população potiguar fornecendo máscaras para reduzir a disseminação do vírus Covid-19. Em reunião realizada por meio de videoconferência nesta sexta-feira (3), o secretário Jaime Calado (Sedec) conversou com o diretor industrial da Guararapes, Jairo Amorim, com o diretor industrial da Hering, Marcelo Toledo, e representantes do setor produtivo do estado para viabilizar a produção e distribuição de 7 milhões de itens para uso exclusivo da população.

 

Para dar conta do volume de produção, serão acionadas as 78 oficinas de costura que fazem parte do programa Pró-sertão. Cada oficina poderá produzir 8.400 peças por dia. Diferente do modelo N95 de TNT, utilizadas por profissionais da saúde, as máscaras produzidas pelas oficinas serão feitas de malha, seguindo orientações do próprio Ministério da Saúde e serão destinadas à população em geral.

 

A produção das peças terá ainda um efeito colateral benéfico na economia da região Seridó e municípios onde se localizam as oficinas de costura vinculadas ao Pró-sertão.

 

Os empresários decidiram de forma unânime produzir os itens de malha a preço de custo. Os itens serão adquiridos pelo Governo do Estado e disponibilizados gratuitamente à população. “Essa é mais uma parceria entre o Governo e o setor produtivo do estado e é de extrema importância para que nós possamos dar continuidade às ações no sentido de proteger a saúde da população do RN e ao mesmo tempo estamos garantindo o emprego de milhares de pessoas que trabalham nas oficinas de costura”, destacou a governadora Prof. Fátima Bezerra.

 

Fonte: ASSECOM.

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