Câmara discute impacto do fechamento de agências bancárias em Natal
A Câmara Municipal de Natal discutiu na manhã de ontem (12) o impacto que o fechamento e transferências das agências do Banco do Brasil causa aos usuários. Na audiência pública, proposta pelo vereador Raniere Barbosa (PDT), foi entregue à superintendência do banco um abaixo assinado por 6 mil moradores da Avenida Ayrton Sena e adjacências. "Estamos levantando o debate com as reclamações dos moradores e funcionários que se sentem prejudicados, as justificativas do banco e a preocupação dos órgãos de defesa e da prefeitura com os impactos que a nova demanda pode provocar. A ideia é encontrar uma saída que seja favorável a todos", diz o vereador.
O fechamento e transferência de agências faz parte do plano nacional de reorganização do Banco do Brasil. Segundo o superintendente do órgão no estado, Ronaldo Alves, foram fechadas cinco agências em Natal, mas no próximo dia 28 serão abertos dois escritórios digitais onde o atendimento passa a ser virtual, iniciando com 20 mil clientes. Já as agências que estavam nos Shoppings Midway Mall e Natal Shopping foram transferidas, respectivamente, para a Avenida Prudente de Morais e BR 101. "É o modelo de relacionamento do banco que está mudando. Para a agência da Avenida Ayrton Sena, há a opção da BR 101 e outras duas na Avenida Roberto Freire e há outras 27 agências na cidade. A gente respeita e agradece pelo debate que a população trouxe para a Câmara, mas é uma decisão já tomada pela diretoria nacional, não temos como mudar isso. O que podemos fazer é implantar um correspondente bancário naquela região", disse.
O presidente do conselho de moradores da Zona Sul, disse que a região de Nova Parnamirim que compreende a área da Avenida Ayrton Sena, fica desassistida com o fechamento da agência naquela avenida. "Não adianta querer mandar os usuários para agências na BR 101 ou na Avenida Roberto Freire. O deslocamento é maior, a demanda vai aumentar e ainda por cima, não teremos segurança. A da Roberto Freire foi arrombada recentemente e na BR 101 a localização não traz segurança", reclamou.
Sobre as agências que receberão mais usuários, o procurador-geral adjunto do município, Tiago Tavares, declarou que a Procuradoria vai analisar o impacto e as licenças de funcionamento das agências que receberão nova demanda. "Estamos solicitando às secretarias do município a avaliação do impacto e se vier a causar algum transtorno vamos pedir a cassação das licenças de funcionamento dessas agências", disse Tiago Tavares. Participaram ainda da audiência o presidente do Sindicato dos Bancários, Gilberto Monteiro; além dos diretores do Procon municipal, Carlos Freire; e estadual, Cirus Benevides; moradores e vereadores Hugo Manso (PT) e Aquino Neto (PEN).
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