Dia de Paralisações é debate na Câmara Municipal
Dentro das mobilizações pelo Dia Nacional de Paralisações, a Câmara Municipal de Natal acolheu uma audiência pública, proposta pelo vereador Sandro Pimentel (PSOL), para um debate contra medidas que vêm sendo anunciadas pelo governo federal em relação à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e à Previdência. Sindicalistas, vereadores e populares participaram do debate.
"São mudanças na aposentadoria, aumento de impostos, congelamento de salários…é preciso que mostremos a importância da unidade dos trabalhadores para conseguirmos barrar todos esses ataques que o povo brasileiro está sofrendo", declarou o vereador Sandro Pimentel. Essa união foi defendida também pelos sindicalistas. José Rebouças, coordenador da Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), enfatizou que somente a mobilização popular pode evitar mudanças prejudiciais aos trabalhadores. "A luta dos trabalhadores nas ruas, paralisando os setores econômicos pode derrubar essas reformas, seja por ação direta nas ruas contra a retirada dos direitos ou por eleições gerais", disse.
Eles criticam projetos como a ampliação da terceirização, reforma da Previdência e Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os investimentos sociais pelo poder público, em especial nas áreas de saúde e educação por 20 anos. As centrais sindicais defendem um projeto de desenvolvimento com criação de empregos e distribuição de renda, aposentadoria digna e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário.
A coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (SINTEST-RN), Aparecida Dantas, destacou a proposta que reduz os recursos para a Saúde e Educação. "É importante a união da classe trabalhadora para combater e evitar todo esse retrocesso. A retirada de verbas da educação e da saúde alimenta o processo de privatização das universidades públicas", disse. As mobilizações de hoje incluem paralisações, atrasos no início de expedientes, assembleias nas portas das empresas, passeatas e manifestações, que serão atividades preparatórias para a construção de uma greve geral no país.
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