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Câmara discute impacto de obras de mobilidade na BR 101

A Câmara Municipal de Natal discutiu ontem (21), em audiência pública, o impacto das obras de mobilidade urbana na BR 101. A iniciativa foi da vereadora Eleika Bezerra (PSL) e contou com a participação de representantes dos órgãos de mobilidade e trânsito do município e do estado, vereadores, populares e professores especialistas no assunto. Nenhum representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela obra, compareceu.

 

As obras de readequação da BR 101 entre Natal e Parnamirim começaram há alguns meses com a reestruturação das marginais e agora está sendo iniciada a construção do primeiro de seis viadutos que devem eliminar pontos de congestionamentos. Semáforos darão lugar à tuneis, viadutos e passarelas para que a rodovia se transforme numa via expressa. Contudo, na audiência foi questionado o impacto que as obras deve trazer para a população e as consequências após a conclusão das obras.

 

"O DNIT falhou ao deliberar essa obra sem a participação e discussão em nível local. Creio que ainda dá tempo discutirmos e avaliarmos todas as possibilidade, visto que está começando a construir o primeiro. Hoje foram suscitadas várias alternativas que consideramos viáveis", disse a vereadora Eleika Bezerra. Ambientalistas disseram na audiência que a obra não deveria ter sido licenciada devido o risco de danos ao meio ambiente.

 

O professor da UFRN, especialista em engenharia de tráfego, Rubens Ramos, disse que todos os viadutos previstos são problemáticos e sugeriu outras opções. "O único que vai ser, de fato benéfico, sem gerar consequências negativas, é de acesso a Avenida Maria Lacerda. Quanto ao de Neópolis que começa a ser construído, há a opção do túnel que já existe na Avenida das Alagoas que poderia ser ampliado, tudo o que se utiliza para o viaduto poderia ser usado para ampliar o túnel que já existe", sugeriu. Para ele, investimento maior carece a Avenida Omar O'Grady, no prolongamento da Prudente de Morais para ser transformada no novo acesso de entrada na cidade. "Não importa qual o tipo de veículo que o cidadão utilize, a Mobilidade Urbana é um assunto de interesse coletivo porque atinge a todos. O trecho específico da BR-101 que nós vamos abordar durante a audiência, já é caótico normalmente. Agora, com a obra, piorou. Será que com ela iremos colher benefícios no futuro?”, questiona a vereadora, informando que o professor Rubens Ramos, engenheiro especializado na área de Transportes, irá esclarecer o que considera como erros e acertos da referida obra. 

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