STF afirma que Mercadante e Aloysio Nunes não são investigados na Lava Jato
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) informou ontem (8), que, atendendo solicitação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, ordenou a redistribuição do pedido de abertura de inquérito contra o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e contra o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Os pedidos não têm relação com a Lava Jato, mas sim com um possível crime eleitoral.
O pedido, assinado pelo procurador Rodrigo Janot, chegou ao STF semana passada e está baseado em depoimentos de delação premiada do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, investigado na Operação Lava Jato e que cumpre prisão domiciliar.Iniciamente, o pedido foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator dos inquéritos da Lava Jato no STF. No entanto, Janot solicitou que o processo fosse distribuído a outro ministro por não se tratar de investigação com ligação com os desvios na estatal.
Nos depoimentos, Pessoa citou o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele, entre eles Mercadante e Aloysio. Os trechos da delação começaram a ser divulgados em junho.
Na ocasião, Mercadante confirmou dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha, em 2010, ao governo de São Paulo. De acordo com o ministro, o dinheiro foi recebido de forma legal e declarado à Justiça Eleitoral.
Aloysio Nunes também reconheceu que recebeu R$ 200 mil para sua campanha eleitoral ao Senado, em 2010, mas ressaltou que o dinheiro foi legalmente declarado à Justiça Eleitoral. O senador disse que não conhece o empreiteiro e que não tem nada a esconder.
Fonte: Agência Brasil
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