Depois de longos meses de tentativa de negociação e sem nenhuma conquista assegurada junto ao Governo do Estado, os Defensores Públicos do Rio Grande do Norte iniciaram nesta segunda-feira (14) uma paralisação de advertência de 72 horas. Para falar sobre o assunto, o programa Repórter 98, da 98 FM, recebeu nesta segunda o presidente da Associação dos Defensores Públicos do RN (Adpern), Francisco de Paula Leite.

De acordo com a direção da Associação, esse é o primeiro passo para chamar a atenção do Governo do Estado, que segue sem negociar a pauta de reivindicações da categoria. "Queremos o reconhecimento, de forma oficial, da autonomia da Defensoria Pública pelo governo. Buscamos sempre o diálogo, mas não houve o interesse dos representantes do Executivo em resolver o problema. Queremos também que seja feita a adequação da legislação estadual, às diretrizes nacionais da Defensoria", apontou o presidente.

A categoria pode iniciar a greve na próxima segunda-feira (20), com uma duração prevista de 30 dias. Ainda de acordo com o defensor Francisco de Paula, a medida está sendo tomada por falta de sinalização do Governo para resolver o problema. De acordo com o representante da Adpern, caso o governo sinalize de forma positiva, a greve pode ser evitada, prosseguindo o trabalho dentro da sua normalidade. 

Até a próxima quarta-feira (15), a Defensoria Pública não realizará atos judiciais e nem participará de audiências. Na quinta e sexta-feira (17), a categoria participa de um seminário. Portanto, caso seja deflagrada a greve na próxima semana, o atendimento ao público ainda não tem previsão para voltar a toda sua normalidade.