Brasil discorda de resultado da educação no Índice de Desenvolvimento Humano
O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (Pnud), reconhece os avanços brasileiros nas áreas de educação e saúde. Mesmo assim, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil cresceu pouco, passando de 0,728 para 0,730. Com isso, o país se manteve na condição de alto desenvolvimento humano, na 85ª posição entre todos os membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O governo brasileiro contesta essa colocação por entender que o Pnud usa dados desatualizados, no quesito educação, para estabelecer o ranking.
Em entrevista coletiva nesta quinta, no Palácio do Planalto, os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e Aloizio Mercadante, da Educação, apontaram que os dados utilizados no cálculo do IDH estão defasados para o Brasil e diferenciados entre os países. Em educação, as informações são de 2005 e oriundas de fontes não reconhecidas pelas agências de estatística nacionais.
Além disso, segundo o governo federal, o Pnud não leva em conta a legislação brasileira, que estabelece como obrigatório o ensino para crianças a partir de 5 anos. “Só no indicador Anos de Escolaridade Esperados, foram tirados da sua composição 4,6 milhões de crianças que hoje estão na pré-escola. O Pnud também não considera que o ciclo do ensino fundamental no Brasil é de nove anos e ainda trabalha como se fosse de oito anos”, disse Aloizio Mercadante. A atualização desse indicador permitiria que o país subisse 20 posições no ranking do IDH.
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