A eleição da capital tem mostrado duas faces bem distintas: a dos programas do horário eleitoral e a dos debates. E isso tem sido bem nítido nessas últimas semanas.

A primeira é algo bem programado, organizado, tudo dentro dos padrões, sem improviso e um discurso na ponta da lingua. Sem o temor do inesperado. Tudo sob as bênçãos da ilha de edição das produtoras.

A segunda é marcada pelo inesperdo. Não se sabe o que será perguntado ou a reação desse ou daquele adversário mediante pergunta e resposta. O semblante dos candidatos em debates, na maioria dos casos, é de preocupação. Afinal de contas, cada cabeça é um mundo.

É nítido que os debates realizados até agora pouco acrescentaram ao cidadão na hora de definir seu voto. Candidatos com mesmo discurso (ensaiado à exaustão), velhas e novas críticas, ataques velados. Mas proposta que é bom fica no horário eleitoral.

Os últimos debates mais têm parecido como uma espécie de prestação de contas dos candidatos ao serem provocados por seus adversários. E com certeza não é isso que o eleitor busca para definir sua opção de candidato.

Que a mesma tranquilidade e propostas do horário eleitoral, os candidatos consigam transferir para os debates que participam na cidade.