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SEMELHANÇAS ENTRE BOLSONARO E MACRI.

BBC BRASIL APONTA OS SETE ERROS DE MACRI NA ARGENTINA. ALGUMA SEMELHANÇA COM BOLSONARO NO BRASIL?

1 – Promessas não cumpridas: Quando assumiu a presidência da Argentina, em dezembro de 2015, Mauricio Macri fez pelo menos três promessas que não conseguiu cumprir, faltando seis meses para o fim do mandato. Prometeu pobreza zero, mas ela aumentou; domínio da inflação, mas o índice disparou; jurou atrair investimentos externos, mas ocorreu em setores “específicos” e “não de maneira geral. no Brasil, alguns alertas já tem sido dados sobre recessão.

2 – ‘Nova política’ isolada: Ao assumir, Macri disse que surgia ali uma “nova política”, e passou a governar com apoio de economistas, executivos e empresários, mas não abriu seu leque de apoio incluindo outros setores da política argentina”. Mesmo sem maioria no congresso, Macri vinha conseguindo aprovar seus projetos, mas, sem sustentação política. Bolsonaro pratica o mesmo isolacionismo no Brasil, na política nacional e internacional e também chama isso de nova política.

3 – Macri libreou os preços de serviços como de transportes públicos, luz e gás. As duas últimas passaram a ser tão altas, comparadas aos padrões anteriores, que começaram a ser cobradas em duas parcelas. arrependido, começa a voltar atrás das políticas liberais implantadas até agora. No brasil, Bolsonaro já fala em vender botijão pela metade.

4 – Para atrair investimentos, Macri buscou desmontar os controles do câmbio, mas a falta de um plano organizado acabou gerando a desvalorização do peso e inflação. Lembra o “acabar com tudo o que está aí”, sem dizer o que vai colocar no lugar, caso do Brasil. A política monetária, da Argentina, assim como no Brasil está baseada em taxas de juros altas para evitar o aumento da inflação. O dólar valia 18 pesos no ano passado e chegou a 46 pesos antes das primárias

5 – Macri não teria “revelado detalhes à população”, assim que assumiu, da herança econômica que recebeu. Aqui no Brasil, não é o caso de Bolsonaro, que ataca o PT e as esquerdas todos os dias. Lá, economistas mais ortodoxos criticaram ainda o fato de ele não ter realizado reformas econômicas mais amplas assim que chegou à cadeira presidencial. O que não é o caso também do Brasil, mas Bolsonaro tem perdido tempo com fabricação diária de crises. Mesmo assim, lá, as medidas de correções da economia não surtiram o efeito esperado, mesmo diante dos bilhões de dólares emprestados pelo FMI.

6 – ‘Falta de esforço’ para gerar tranquilidade. Na visão do presidente, a turbulência nos mercados ocorre agora e o dólar disparou e a bolsa de Buenos Aires afundou porque os investidores temem a volta do Kirchnerismo. Interessante que “os mercados” temem, mas o povo não. Porque será?

7 – O presidente fez campanha atacando o que chamou de “máfias” e “autoritarismo”. perdeu muito tempo atacando os adversários, sem dizer como vai resolver o problema. O medo de Bolsonaro é que a onda começa a passar em alguns países que tem se arrependido de ter entrado no embalo dos extremismos de direita e muitos acordando para a manipulação que sofreram via redes e mídias sociais e pela confiança em discursos que na prática não resolve nada.

Lembrem da mensagem de Paulo Guedes ontem. Parece que ele já entendeu: “tenham paciência”.

 

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ATÉ O PAPA ESTÁ AVISANDO!

Até o papa está avisando…

O Papa Francisco criticou o nacionalismo por conduzir a guerras e acredita que o populismo não reflete a cultura popular. disse isso em uma entrevista publicada no jornal “La Stampa”, em meio à crise política deflagrada na Itália pela extrema direita de Matteo Salvini, em situação semelhante ao que vem ocorrendo no Brasil e em outros países.

De acordo com o Papa, “O nacionalismo é uma atitude de isolamento. Estou preocupado, por ouvir discursos que lembram os de Hitler em 1934. ‘Primeiro nós. Nós… Nós…’: Estes são pensamentos aterrorizantes”.

Isso me faz lembrar da embaixadora dos EUA na ONU. Aliada de primeira hora de Trump, concordava com mais américa para americanos, mas não com américa só para americanos. Demitiu-se do cargo.

Nessa linha, o Papa Francisco também mencionou preocupação com a Europa: “A Europa não deve ser desfeita, devemos salvá-la. Ela tem raízes humanas e cristãs.

Em vários países no mundo a onda extremista de direita vai provocando movimentos separatistas e de ataque às instituições e à democracia, e desestabilizando regiões, como na Europa. Exemplo, o Brexit, o movimento separatista da Catalunha na Espanha, turbulências na América Latina e agora, do outro lado do mundo, Hong Kong entra na dança. Quem ganha com isso?

Segundo o Papa Francisco, “um país deve ser soberano, mas não fechado. A soberania deve ser defendida, mas as relações com outros países e com a comunidade europeia também devem ser protegidas e promovidas. O nacionalismo é um exagero que sempre acaba mal: Leva às guerras”.

Vejam o tipo de comportamento que no Brasil, Bolsonaro tem tido em relação à política externa. Um filho do presidente provoca os homens bomba do Hamaz, o pai quer alinhamento automático com EUA e impor seu filho como embaixador, se recusa a abastecer um navio do Irã, parado em nosso porto e entrar na briga entre Israel e Jerusalém, provoca pé de guerra ideológico com a China, o nosso maior parceiro comercial, esnoba na relação com países como a França e agora se mete na política do país vizinho, a Argentina, provocando o grupo que poderá ser eleito pra governar o país, que é outro parceiro comercial fundamental para o Brasil. Tudo isso, traz consequências para todos nós.

O Papa Francisco explicou na entrevista, que esse tipo prática “Fecha as nações. Os populismos nos levam ao nacionalismo: Esse sufixo, ‘ismo’, nunca faz bem”.

O Papa externou também a sua preocupação com a Amazônia, com os índios e com meio ambiente, mencionando várias catástrofes. Coisa que aqui no Brasil, infelizmente, exemplos não faltam.

Pois é… Até o Papa está avisando. Aleluiaaaaaméééém!

 

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Na relação entre Sérgio Moro e Bolsonaro, quem sai ganhando?

Para analisarmos a relação entre Moro e Bolsonaro, precisamos entender de qual tipo ela é. Para isso, vamos pedir ajuda à biologia.

Se fossem seres da mesma espécie, a relação poderia ser harmônica e cooperativa, o que ocorre quando os dois se beneficiam quase igualmente, formando uma sociedade ou desarmônica e canibal, quando um acaba matando o outro.

Bolsonaro e moro foram unidos no passado pelas circunstâncias e pela conveniência do combate ao inimigo comum e estão unidos no presente, para dividir a mesma caça.

Mas, a personalidade e as diferenças começam a se revelar, mostrando que são de espécies diferentes, principalmente, quando surge a preocupação com o futuro e com a sobrevivência política de cada um.

Moro e Bolsonaro tem origens, comportamentos, visões de mundo e seguidores diferentes. Bolsonaro mantém a liderança sobre os mais radicais e moro agrega em boa parte os órfãos de Aécio no contraponto ao PT.

Isso, aponta para o tipo de relação que começa a prevalecer: Aquilo que foi harmônico e mutualístico no passado, aponta do presente rumo ao futuro para uma relação desarmônica.

Na biologia, uma relação desarmônica pode ser: Amensal, onde uma espécie inibe o crescimento da outra. predatória onde um indivíduo mata o outro. Parasitária, onde um retira as energias do outro, ou competitiva, onde há uma disputa por recursos entre os dois.

Ao que nos parece, a relação entre Moro e Bolsonaro, tem apontado para uma relação em que num primeiro momento, um precisa do outro, ou seja, seria amensal e parasitária, mas que, em breve, um poderá precisar matar o outro, se transformando numa relação competitiva e predatória.

Sendo de espécies diferentes, é visível que alguém está tendo que se adaptar para sobreviver. e, no ecossistema do governo Bolsonaro, Ségio Moro tem se dobrado ao darwinismo político. Porém, a sua adaptação está mais parecida com uma metamorfose.

É verdade que que Sérgio Moro, ainda tem um capital político e eleitoral mais forte que o de Bolsonaro, mas ele precisa ter muito cuidado para não se desfigurar.

Pois, além de ter mudado de ideia e ter dito que o crime de caixa 2 é um crime menor, tem engolido sapos a cada dia para permanecer no ministério e no controle da polícia federal.

Lembrem-se de que logo no início do governo, era muito mais importante para Bolsonaro ter o apoio de moro. por isso, o convidou para ser ministro. Mas, ao mesmo tempo, soltou “sem querer” que já havia combinado previamente e que em breve moro poderia ir pro STF, jogando suspeitas sobre o fato de que moro estaria sendo recompensado pelo trabalho imparcial, no período da campanha.

Depois, moro lutava para ter nas mãos o controle do COAF, órgão que descobriu a lavagem de dinheiro e a laranjada do filho do presidente, mas Bolsonaro fez corpo mole com o congresso e insiste em indicar nomes de sua confiança para amordaçar o COAF.

Agora, dando mais uma rasteira, Bolsonaro declara que o pacote anti-corrupção de Moro não é mais prioridade no congresso e afirma que quem tem a caneta na mão é ele; que ele é o técnico do time e moro é apenas um jogador. Com isso, Bolsonaro vai submetendo Moro a um desgaste parecido com o que usou algumas vezes quando quis demitir outros auxiliares. E, como sempre, depois do “morde e assopra” e de uma longa conversa a sós, aparece lado a lado com Moro, como se nada tivesse acontecido.

Pelo visto, os dois precisam ter cuidado um com o outro, pois, se fossem seres da mesma espécie, numa relação do tipo “cobra engolindo cobra”, a simbiose terminaria num ato de canibalismo.

 

 

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O STF dá o primeiro freio de arrumação que o país está precisando.

Há de fato muita coisa positiva na lava-jato, mas isso não faz com que seus membros possam cometer crimes, abusos de autoridade e atuar acima da lei para combater outros crimes.

Sinceramente, não sei se o espetáculo que a juíza Carolina Lebbos queria patrocinar com a transferência de lula para uma cela comum, em São Paulo, foi para desviar o foco das graves revelações feitas a cada dia pelo Intercept ou se foi simplesmente vingança, pelo desgaste que a lava-jato tem sofrido, por uma série de arbitrariedades cometidas pela própria equipe e que tem sido expostas, como a imparcialidade de Sérgio Moro e abuso de poder de Dallagnol.

Vale lembrar que Moro é o ex-integrante da lava-jato que condenou Lula e atualmente é o responsável pela Polícia Federal, como ministro da justiça, que tem a custódia do ex-presidente. E, “coincidentemente” foi a Polícia Federal quem solicitou a transferência dele.

Ontem uma comissão forte de mais de 15 partidos, inclusive que não estão alinhados ao PT, juntamente com o apoio do presidente da câmara Rodrigo Maia, foi ao Supremo Tribunal Federal, e mais uma situação de arbitrariedade acabou sendo revertida por 10 x 1.

Ouvi o Senador Jean Paul Prates ao sair da reunião com os ministros do Supremo: Áudio 1.

Ontem mesmo eu falei da necessidade de freios institucionais, aqui no programa e sobre isso perguntei também ao Senador se os membros da corte não estariam se dando conta dos ataques às instituições aos quais os próprios poderes estava sendo submetidos a cada dia…

E ele descavou o seguinte: Áudio 2.

Felizmente, em meio a uma atmosfera onde muita gente quer ver o circo da República pegando fogo, e muitos chacais estão sedentos de sangue, o Supremo deu um primeiro freio de arrumação.

 

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