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[COMENTÁRIO] CRISE DO PETRÓLEO REFORÇA IMPORTÂNCIA DA PETROBRAS PARA ECONOMIA DO BRASIL

 

Os ataques à produção de petróleo na Arábia Saudita, ainda precisam de muitos esclarecimentos sobre qual foi o prejuízo real, quem de fato provocou os ataques e com quais objetivos.

No tabuleiro da geopolítica mundial, a cada peça movida, há os que ganham e os que perdem imediatamente, principalmente quando se trata de acontecimentos em relação a recursos estratégicos.

Em um primeiro momento, o que enche os bolsos dos que investem em ações da Petrobras, brevemente poderá causar ataques aos bolsos dos brasileiros.

Esse acontecimento na Arábia Saudita é uma prova do quanto a política de preços e estratégia de gerência da Petrobras, que vem desde Michel Temer – e está sendo mantida por Bolsonaro – está errada, pois o petróleo é fundamental para a economia brasileira.

Estávamos praticamente autossuficientes em petróleo, no que diz respeito à extração e refino. Desde Temer e Bolsonaro a Petrobrás passou a diminuir o refino no Brasil, de 90 para 70%, passando a exportar o óleo bruto e depois comprar de volta, refinado, pagando mais caro, em dollar, sem controle de preços e gerando emprego e renda fora do Brasil.

Além disso, vem mantendo uma política de preços que acompanha o valor internacional, que, principalmente com as altas, prejudica ao bolso dos brasileiros, apesar de dar lucro aos acionistas. O lucro social, já não é mais levado em consideração.

Tudo isso, reforça o argumento do quanto a Petrobras é fundamental para todas as cadeias da nossa economia e que por isso, não deve ser privatizada.

Se havia (ou se ainda houver) corrupção, reflita comigo: Caso exista carrapato no boi, o correto não seria dar veneno para matar o carrapato ao invés de vender o boi – a preço de banana – e depois ter que comprar sua carne, pagando mais caro ao seu novo dono?

O Brasil perderia de vez sua autonomia em um setor estratégico para nossa economia. Deixaria de ser monopólio do Governo brasileiro para ser monopólio de uma empresa americana.

Algo parecido com o que ocorre com as companhias elétricas privatizadas. Quem é mesmo o concorrente da COSERN? Onde está o livre mercado? Os preços aumentaram ou diminuíram?

Imaginem se, em uma situação como essa da Arábia Saudita, o Governo brasileiro não fosse mais dono da Petrobras e não tivesse nenhum controle sobre os preços da Petrobras? O aumento já teria sido repassado de imediato para os nossos bolsos.

Esse problema internacional demonstra como é importante que o país tenha a condição de segurar e interferir nos preços quando for necessário e de acordo com os interesses estratégicos do Brasil e não de investidores que não tem compromisso com o Brasil.

Aí está a diferença fundamental de quando se coloca a empresa a serviço de uma nação. Por isso, no nosso entendimento, a Petrobras deve permanecer como um patrimônio estratégico do povo brasileiro e deve voltar a priorizar o refino no país, gerando emprego e renda aqui e não lá fora, tanto em relação à produção de combustíveis quanto em relação à gigantesca cadeia produtiva da indústria petroquímica que se instala nos arredores das refinarias.

Isso é o que tem condições de garantir a nossa autonomia para escapar de crises, ora reais, ora fabricadas, na economia e no petróleo mundial.

Pelo tipo de política de preços que o Governo brasileiro vem mantendo em relação à Petrobras, não se sabe até quando se conseguirá manter o valor sem aumento para nós, consumidores, o que poderá impactar em aumento em todos os setores da economia do nosso país, em virtude do aumento no diesel, da gasolina e do querosene de aviação, e por consequência em todos os preços, sejam eles dos alimentos às passagens aéreas, sem contar com a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros.

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