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[COMENTÁRIO] UM BRINDE LEGAL.

Lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e organização criminosa. Essas são as linhas de investigação do Ministério Público no caso do Gabinete do Ex-Deputado e hoje Senador Flávio Bolsonaro, que acaba envolvendo o próprio pai dele, Presidente Jair Messias Bolsonaro e a primeira dama, que recebeu do Queiroz em sua conta bancária um cheque de quarenta mil reais, ainda sob fortes suspeitas e sem explicações convincentes.

Interessante é que o sumido Queiroz, mesmo protegido pelo Ministro do STF, Dias Tóffoli, pois o caso está paralisado e sob sigilo (após o acordo com Bolsonaro e o Congresso que sepultou a CPI da Lava Toga) reaparece assombrando o Planalto, enrolado em um barril de pólvora, com pavio curto e ainda se dizendo abandonado.

Segundo o Queiroz, em áudio autêntico e reconhecido por ele mesmo, “o MP tá com uma @%#$@% do tamanho do cometa pra enterrar na gente”. Ou seja, mesmo com tudo paralisado, reconhece que o Ministério Público sabe que tem muita coisa grave nas mãos, mas que ainda permanece sob sigilo.

Queiroz tenta escapar do que segundo ele seria um abandono, apesar das peças movidas pelo presidente para manter o processo sob sigilo: “Vamo ver se a gente assume aí o PSL… Lapidar o partido do Presidente… Tá tudo bagunçado eu já sabia disso… Vamo tomar conta, eu e você, a gente brinda, brinda legal. Tão fazendo chacota do Governo dele… Era pra tá todo mundo temendo, Rodrigo Maia, tinha que dar uma porrada nele, botar o Sérgio Moro pra ir no calço dele, tem coisa antiga aí…”

Nesse trecho, Queiroz expõe a percepção de muitos, que mostra que Bolsonaro trata Sérgio Moro como cão de guarda, para ser acionado quando conveniente, contra os adversários políticos. Detalhe, é que faz tempo que venho falando sobre o aparelhamento da Polícia Federal, como uma polícia política e de arapongagem, subordinada ao político Sérgio Moro.

Outro trecho grave dos áudios é o fato de que o Queiroz deixa claro que o próprio Presidente Bolsonaro atuou para exonerar a Sileide, doméstica que trabalhava em sua casa, mas estava lotada no Gabinete de Flávio, mas que depois não arrumou nada pra ela. Jair Bolsonaro, segundo o Queiroz, falou para ela que ia exonerar porque “a imprensa tava na rua dela, e depois a ajudaria, mas depois não fez nada por ela…”

Depois de tanto reclamarem que o Queiroz estava sumido, o fantasma dele reaparece, pululando pelo Planalto, mostrando que tem muita coisa grave sob sigilo nos bastidores e que, se ele abrir a boca, um cometa poderá passar pelo Planalto, varrendo do poder os Bolsonaro e quem estiver junto. Mas, se resolverem a situação dele e da Sileide, poderemos assistir a tudo terminando em um brinde bem legal…

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