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[COMENTÁRIO] RECUO DE EXTREMISMOS.

 

Em qualquer república que se preze, o diálogo e o respeito aos contrários, sem extremismos, é fundamental nas relações internas ou externas e deve estar presente nas ações dos governantes, sejam eles municipais, estaduais ou federal. Aqui, dois exemplos:

Em São Paulo, depois dos extremismos de um apoio cego à ações policiais, e diante da pressão da sociedade e das famílias, no caso do massacre de Paraisópolis, o Governador do Estado, João Dória, recuou em relação ao apoio aos trinta e oito policiais envolvidos neste episódio e os afastou das suas funções. Não se pode permitir que no nosso país ações extremas acabem por dizimar quem quer que seja, muito menos jovens inocentes, pobres moradores da periferia, sem outras opções de lazer e acesso à cultura, que pagaram com suas vidas pelos excessos da violenta e descabida ação policial.

A atitude do Governador de São Paulo foi necessária, como necessário se faz pôr um freio à onda de violência que tem se instalado no Brasil, sobretudo contra o público mais excluído e a margem da sociedade. A eficiência no combate aos que forem criminosos não virá da violência, mas das ações de inteligência da polícia. É nisso que se deve investir.

Por outro lado, recuos também têm sido observados na política externa brasileira, após pressão de setores organizados de nossa economia em relação aos extremismos e comportamento ideológico do Presidente Bolsonaro. Primeiro a confusão se dava contra a China, que terminou ajudando a salvar o leilão do nosso pré-sal. Do mesmo modo, declarações infelizes sobre a mudança da embaixada de Telavive para Jerusalém; mesmo com a imagem de pacíficos que temos perante o mundo, quase entramos no meio de uma confusão que dura séculos e que não é nossa. Agora, mais recentemente, assistimos a uma briguinha ideológica e infantil com a Argentina, devido ao presidente que foi eleito.

Bolsonaro não iria, nem enviaria representante à posse do novo Presidente argentino. Mas, neste caso, também recuou. Irá representar o Brasil, o Vice-Presidente Hamilton Mourão. Ainda assim, não se pode deixar de lamentar a ausência do Presidente.

Detalhe importante é que todos esses países possuem relações comerciais importantíssimas e lucrativas para com o Brasil, que por pouco não foram prejudicadas, em nome de questiúnculas ideológicas sem sentido.

O Brasil tem que ter muito cuidado com cada passo dado por seus governantes, dentro ou fora do país, pois estão em jogo a vida de milhares de pessoas, a imagem do nosso país perante todo o mundo e a paz que tanto precisamos para vivermos com nossas famílias e para que a economia possa ser verdadeiramente retomada. Para isso, todos nós devemos ter o olhar atento, reclamar e protestar sempre que for necessário, pois não existe governo de uma pessoa só, de uma “ideologia” só. Governar é um verbo que se conjuga para a coletividade e para a diversidade, que é a essência do nosso Brasil. Esse, é o verdadeiro oxigênio que a nossa democracia precisa.

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