0 comentário(s)

[COMENTÁRIO] BRASIL “PAGA O PATO” DIANTE DA SUBSERVIÊNCIA DE BOLSONARO.

A subserviência, assim como o comportamento de devoto de Bolsonaro e seus filhos aos Estados Unidos e, especialmente, a Donald Trump, tiveram um resultado a altura. É a lei da ação e reação. Há um ditado que diz: “Quem muito se abaixa, o fundo das calças aparece”.

Em uma “tuitada”, sem comunicar ao “amigo” Presidente Bolsonaro, Trump manda um forte recado ameaçando sem qualquer fundamento a taxação do aço e do alumínio brasileiro. Quem tem um amigo assim, parece não precisar de inimigo.

O argumento do amigo de Bolsonaro é que o Brasil estaria desvalorizando a moeda americana, quando ocorre justamente o contrário: Paulo Guedes está torrando no mercado as reservas de dólar do Brasil, para tentar segurar o preço absurdo que a moeda americana chegou, atingindo o maior patamar da história do Brasil.

E o pior, mesmo diante da pancada na nossa economia, o presidente brasileiro permanece inerte e diz que a taxação dos nossos produtos não nos abala. Comporta-se com uma passividade estarrecedora. E nem ao menos se presta ao papel de ligar para aquele a quem chama de amigo.

Ora, em economia, em se tratando de comércio, não existe amizade racional. O que existe é interesse de país a país e cada um tenta proteger o seu, defendendo melhores condições para sua economia e para o seu povo.

Mesmo diante da interpretação de alguns de que isso teria sido uma jogada política de Trump que tenta a reeleição, não deixa de representar uma humilhação a quem tanto se ofereceu e se rebaixou. Este episódio lembra a cena ridícula do Governador do Rio ao se ajoelhar para o jogador do Flamengo, que desprezou a sua atitude humilhante.

E esse não é o primeiro episódio. Falei aqui, que o Brasil costurava uma posição de alinhamento automático com os Estados Unidos e estava arriscando trocar uma posição estratégica de peso nos Brics, comercialmente vantajosa para nós, brasileiros, pelo “rabo da gata” e um mar de expectativas na OCDE. Trump deu um canto de carroceria no Brasil e ainda colocou a Argentina em primeiro lugar. No episódio do mega leilão do Pré-sal, as empresas americanas fugiram e quem salvou foi a própria Petrobrás e uma empresa chinesa. Por fim, a nossa carne continua embargada, o Brasil cedeu a diversos privilégios a que tinha direito na relação comercial com os EUA, mesmo em desfavor do nosso próprio país, e o que ganhamos com isso? Um coice.

Coice que afeta a nossa indústria brasileira justo no momento em que tenta se reerguer, pois aço e alumínio são matérias primas fundamentais na produção, que impactam no nosso PIB e na balança comercial.

O Brasil segue precisando de um presidente. Altivo, que reconheça o nosso valor e que se imponha, na defesa de nossa soberania e de nossas vantagens competitivas e não um presidente com uma postura fraca e subserviente. Nós, brasileiros, merecemos e podemos muito mais.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *