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BOLSONARO APROXIMA SÉRGIO MORO DA FOGUEIRA

Fala, Cidadão!

Os embates continuam e Sérgio Moro deve fazer seu cálculo político! Entenda:

Bolsonaro desmontou as equipes de fiscalização e combate ao desmatamento na Amazônia, contra o xiitismo ideológico e ambientalista, como ele gosta de chamar.

Quando demitiu o diretor do INPE, que cumpriu com a sua obrigação de tronar público o aumento de mais de 80% no desmatamento, Bolsonaro informalmente autorizou a devastação. Devastação que vem junto com as queimadas, como mostram as fotos da NASA, em que uma coisa está relacionada a outra.

Desprotegida, a Amazônia está em chamas e chama a atenção do mundo inteiro para mais um desastre ambiental ocorrido no brasil. Bolsonaro que não admitia, passou a admitir. Antes colocava a culpa nas ONG’s. Agora já diz que podem ter sido fazendeiros.

Em meio à comoção global diante das queimadas e dos iminentes prejuízos ao nosso agronegócio, Bolsonaro arruma mais lenha pra ampliar a fogueira que cerca o seu governo e aproveita pra jogar também Sérgio Moro na fogueira, a quem prometeu liberdade na indicação dos membros da Polícia Federal e do COAF. A conversa agora mudou e aqui também temos desmonte e mais ingerência política. O COAF já foi pra fogueira, a Receita Federal se aproximou da brasa e a novidade agora é com relação à direção da Polícia Federal.

Palavras de Bolsonaro: “Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico, e não o Sérgio Moro. E ponto final”. “O Valeixo pode querer sair hoje. Não depende da vontade dele. E outra: Ele é subordinado a mim, não ao Ministro. Deixo bem claro isso aí. Eu é que indico. […] Se eu não posso trocar o Superintendente, eu vou trocar o Diretor-Geral”, acrescentou.

Como já falei em outro comentário, Moro vem passando a mesma humilhação, o mesmo processo de fritura – ou queimada – que outros ministros passaram antes de serem demitidos sumariamente por Bolsonaro.

Um detalhe importante, além disso, é que Moro tem gerado preocupações na base Bolsonarista, pois passou a ser visto como um possível candidato, concorrente de Bolsonaro em 2022.

Nos bastidores de Brasília, circula a informação de que Moro vai se segurar até onde puder e não vai se demitir. Prefere que Bolsonaro pague pelo desgaste de sua demissão, a quem prometeu carta branca na nomeação para o combate à corrupção, mas que, agora, quer interferir para barrar as investigações contra o seu filho. Investigação só para adversários políticos. Vale só pra Chico, pra Francisco, não! Táókei?

A esta hora, em meio às chamas da Amazônia, Sérgio Moro deve estar fazendo o seu cálculo político: continua sofrendo humilhação, sendo queimado na fogueira de Bolsonaro e tenta capitalizar uma possível saída política ou se demite agora, dividindo a repercussão em meio as chamas da Amazônia, ficando sem foro privilegiado, sem governo e, de certo modo, órfão politicamente?

Pois, no espectro da Direita, os grupos já estão se organizando em torno de João Dória e Rodrigo Maia, e Bolsonaro tem admitido disputar a reeleição.

Talvez seja melhor deixar o fogo da fogueira política e ambiental baixarem para tomar uma decisão mais adiante, onde tente construir uma situação que lhe permita sair dando a volta por cima. Pois, até agora, fazendo as contas dos prós e contras, a presença de Moro no governo Bolsonaro, não tem feito a ele o bem que talvez ele esperasse, pois certamente, ele nunca imaginou que poderia terminar na fogueira do governo Bolsonaro.

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